Caros leitores, hoje lhes trago uma das bandas mais promissoras, em minha opinião, do cenário underground brasileiro. Não falo por serem meus conterrâneos, na realidade ainda não tive a oportunidade de vê-los ao vivo ainda, mas a qualidade de seus trabalhos até o momento é, no mínimo, brutal (obviamente isso é um adjetivo de elogio quando se trata de sonoridade underground).
A banda que me refiro é Isfet, banda que tem sua base em Florianópolis, ou assim está descrito na Encyclopaedia Metallum. Formada em 2014, o grupo lançou em 2016 um EP intitulado Souls Dragged into the Abyss of Torment , uma pequena amostra do que estava por vir neste álbum completo de 2017. Mas qual vertente a banda vocifera exatamente? Bem, o som da banda é uma mescla entre o Death e Black Metal, com foco na sonoridade dos anos 90 das duas vertentes. Resultado final é Caos! E não podia ser diferente, pois o próprio nome Isfet remete a essa palavra, uma vez que, Isfet, na mitologia egípcia, é a Deusa do Caos.
Sobre as faixas e o álbum em si, posso dizer que não é perceptível nenhuma influencia clara. Eles possuem influencias calcadas no Death Melódico sueco, no Black Metal Norueguês, mas não é perceptível uma banda em que eles se inspirem fortemente, entretanto há referencias á Dissection, Death e diria que alguns momento o vocal lembra John Tardy (Obituary), adicionando um desespero insano nas faixas. A rispidez perdura pelo álbum inteiro, apenas algumas passagens mais cadenciadas/acústicas, características já presentes no primeiro EP. Os riffs são bem trabalhados, e as faixas sempre trazem fraseados melódicos bastante criativos como é possível ouvir na faixa, In Silence We Dwell, talvez a melhor faixa ao lado de, Impure Soil (essa é um Black Metal absurdo, maléfico e infernal, transbordando o sentimento caótico).
Além da qualidade musical apresentada pelo grupo temos uma atenção estética a arte do álbum e ao logo da banda, ambos espetaculares. O logo, criado por Christophe Szpajdel (Emperor, Enthroned) e a arte da capa, que traz um sentimento misantrópico, foi feita por Moonroot Arts (Acheron, Nokturnal Mortum) e certamente é uma das mais belas se tratando de bandas nacionais.
Isfet, como disse no começo é, para mim, a banda mais promissora em território nacional, que merece atenção especial de todos os ouvintes do underground, até porque os integrantes possuem pouca idade (menos de 21 anos) e podem trilhar um dos mais caóticos caminho da mão esquerda. Álbum essencial para ouvintes do Metal Extremo.
Formação:
Lucas U.: voz e guitarra
João R.: guitarra
Rafael G.: baixo
Diego M.: bateria
João R.: guitarra
Rafael G.: baixo
Diego M.: bateria
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Mais Informações:
Autor da Resenha: Guilherme Thielen (Niflheim)
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