Nacional
Nota 9,5
O nome desse quarteto paulista pode até
soar estranhamente complicado na leitura, mais na vocabolização é bem definido
e, quando pronunciado se torna bem atraente. Em compensação a sonoridade da
banda paulista é de fácil assimilação que agradará os fãs do Metal e aos
aficcionados por música extrema que disponibilizarem em escutar este primeiro
projeto de estreia.
“Until It’s Over” contou com a própria
produção da banda e teve o apoio de ‘Bruno Pompeo” (Atual baixista do
VoodooPriest), na co – produção e também responsável pela mixagem do material.
Enquanto a masterização foi realizada na California (USA). O projeto ficou a
cargo do renomado ‘Brendan Duffey’, que já realizou projetos com bandas como,
Torture Squad, Nervosa e próprio VoodooPriest contaram com seus serviços.
Apesar da banda TRNK ser formada na
capital paulista, ela traz uma miscigenação entre sua formação, pois a mesma
conta com dois Brasileiros na cozinha ‘Bruno Coelho (Bateria) e o ‘Rocha’
(Baixo) e também o guitarrista Alemão naturalizado no Brasil ‘Christian
Rentsch’ e pelo vocalista Norte – Americano ‘Matthew Liles’, que mora
atualmente em nossa terra tupiniquim. O quarteto demostra desenvoltura e
competência nas composições, inclusive na qualidade da gravação. Os músicos
trabalharam muito bem neste primeiro projeto, atingiram uma sonoridade bem
encorpada com pitadas bem pesadas na parte harmônica do álbum.
Enquanto a temática empregada no álbum
segundo eles, é baseada na literatura libertária e ocultista dos anos 70, a
atmosfera é bruta e intensa. Tanto que a própria banda faz questão de salientar
que toca em dois tons abaixo do convencional e realmente podemos sentir isso no
projeto. Pois o quarteto com pouco mais de cinco anos de estrada sobe explorar
suas sonoridades em acordes arrastados e riffs pesadões, horas levada de puro
groove.
No entanto o álbum “Until It’s Over”
trata – se de um Stoner Rock, com algumas pitadas do gênero “Blues”, “Southern
Rock” e a própria influências do Metal, mais sem deixar sua autenticidade
autoral de sua próprias composições como marca. Pois este plano conta com oito
composições autorais, muito bem construídas, as canções se completam no
andamento do contexto, que variam entre os riffs cadênciados e, ao mesmo tempo
traz canções bem groovadas.
Já na primeira audição contamos com a
primeira faixa que carrega o mesmo título do álbum “Until It’s Over” e se
inicia de forma bem consistente com levadas bem marcantes recheadas de riffs
azedos e ásperos, que dão um ótimo clima na abertura do “Debut” já nos dando
ideia do que encontraremos nas demais composições presentes nesse projeto.
A 2º composição “GuitterThrash” abre com
‘Rocha’ (Baixo) extraindo acordes “sujos” e com bastante efeitos dando um clima
bem bacana a canção no início, e logo as cordas de ‘Christian’ (Guitarra) entra
em ação na mesma linha com muito peso e carregados de riffs cerrados, onde o
‘Mattew’ manda a ver com sua voz (que lembra em alguns momentos o ‘Phill
Anselmo’ e o ‘Glenn Danzig’).
A mais groovada trata –se de “If The
Accident Will” e é a terceira música do “Petardo”. Nela podemos sentir as
influências do frontman da banda em certos pontos da interpretação, nos lembra
(Phill Anselmo). Mas a canção é bem recheada de acordes pesados e riffs
apimentados e grudentos e é marcada por grandes variações dentro do andamento
da música a destacando muito. Umas das que podem se tornar carro chefe do
álbum, pois os elementos presentes na canção se destacam em melodias que se
unem ao vocal robusto e muito bem encaixado nas harmonias.
Outra que chama bastante atenção é “Dime
For My Time”, 4º faixa embalada pela influência do tradicional “Rock ‘n Roll”,
que nos remete a aquela sensação da noite, (onde tudo pode), e de estarmos em
“Pub” cheio de mulheres dançando embaladas por seus acordes envolventes e
batidas bem groovadas que nos prendem ao seu clima e quando percebemos já
estamos agitando juntamente com ela.
A quinta faixa fica a cargo de “That
Story Is Old” representada em uma história antiga e chega a nossa audição com
riffs pesadões, com acordes arrastados e em alguns pontos a música ganha um gás
alucinante que logo retorna a este clima arrastado, essas variações
enriqueceram bastantes a composição, onde podemos sentir um suspense no ar ou
mesmo um lado sombrio presente.
“Leif E Sued” e “Dead Mistress Trauma”
são a sexta e sétima composições responsáveis de trazer toda a aquela acidez
presentes no início do “Petardo” carregadas de pesos cadenciados.
E para fecharmos a audição de “Debut”,
somos agraciados por “Sangha Mine”, excelente composição de um feeling enorme,
o ‘Matthew’ o conduz com todo o seu sentimento e as melodias aqui são ótimas.
Não posso deixar de mencionar que é muito
prazeroso encontrar e conhecer bandas como TRNK, pois os caras conseguiram
apresentar um álbum de primeira linha. Sendo o seu primeiro registro, os mesmo
conseguiram reunir qualidade ao lado de muito peso, graves destruidores sem
deixar a melodia envolvente de lado, fora as composições que carregam um certo
ocultismo em suas letras. Uns dos álbuns que chegou em minhas mãos e pude
escutá-lo e posso afirmar que é um dos grandes lançamentos do ano 2016.
Uma ótima pedida para quem ainda não
conhece o projeto da banda vale muito apena executar o trabalho dos caras,
inclusive este projeto se encontra para baixar, os caminhos estão disponíveis
tanto no (Facebook) e como a página oficial da banda (Website), que estarão no
fim da matéria!
Tracklist:
1. Until It’s Over
2. GuitterThrash
3. If The Accident Will
4. Dime For My Time
5. That Story Is Old
6. Leif E Sued
7. Dead Mistress Trauma
8. Sangha Mine
Links oficiais:
Escute o material da banda no link abaixo:
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