sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Entrevista exclusiva com uma das maiores revelações do metal nacional - The Devils


The Devils é uma banda “nova” do cenário nacional, e apesar disso, vem conquistando um enorme respeito na imprensa especializada (especialmente a internacional). Conte-nos, a que fato vocês atribuem a isso? Acreditam que o público lá de fora tem sido mais receptivo com a sonoridade da banda?

Daniel Bins: Acho que a galera sente que é uma coisa sincera que sai da gente, só expressamos o que sai de nossos poros no nosso som. Não usamos formas para criar nossas músicas, e só falamos do que a gente já viveu, que está ao nosso redor, não existe demagogia, e o povo daqui que nos conhece sabe disso. Acredito que conseguimos chamar atenção lá de fora pois eles sentiram isso também, além disso, buscamos gravar com qualidade, pois é o que nossos fãs merecem, e também para não chegarmos atrasado em relação as gravações de lá.
 
Recentes mudanças na formação marcaram o atual momento do The Devils. Vocês acreditam que isso mais atrapalha, ou de certa forma  pode ser benéfico por trazer sempre novas ideias e ‘arejar’ a banda?

Daniel Bins: As rupturas acontecem quando as coisas chegam ao seu limite, então de certa forma ela acontece quando é necessário, e se não acontecesse com certeza atrapalharia. O momento é bom, estamos leves, com sede, com energia e muitas ideias surgindo a cada lata de cerveja.

Como vocês acham que vem sendo a repercussão de “We Are The Devils”? A galera vem o recebendo positivamente?

Daniel Bins: Está sendo, primeiramente, gratificante. Nosso esforço foi reconhecido. Já ouvi comentários do tipo: “a galera estava com sede e vocês trouxeram cerveja gelada” e isso é lindo! Pessoal de fora, que é cerca de 80% do nosso público em download, que recebem muito material de boa qualidade das bandas de lá, tem curtido muito nosso som, chegando a comparar com nomes consagrados, se eles estão malucos eu não sei, mas que é lindo é. Foi um belo trabalho de todos os envolvidos, conseguimos passar por cima de tudo quanto é problema para finalizar este álbum. E o sentimento para nós do The Devils quando finalizamos um álbum é como concretizar um período de experiências e deixar marcado para o resto de nossas vidas.


Passando por um momento complicado politicamente no país, não gostaríamos de passar em branco, e perguntar: Qual a opinião da banda sobre esse ‘racha’ na cena entre ‘esquerda e direita’. Acreditam que isso possa ser passageiro, e logo voltar tudo ao normal?

Daniel Bins: Isso nunca vai acabar, e isso não é novo. O que a gente sabe é que todo mundo quer se expressar, e que todo mundo precisa e tem o direito de ouvir a música que ele curte.

Conte-nos um pouco sobre a cena capixaba há bastante shows? E quanto a bandas, quais vocês indicariam para nossos leitores

Daniel Bins: Há sim bastante shows, shows dos mais variados portes, em bares em praças em casas de shows grandes e pequenas, lugares que pagam bem outros nem tanto (risos), festivais de bandas novas e de bandas consagradas, com variadas vertentes do metal, e com variado tipo de público, o público que sai para “se dar bem”. E também o público mais fiel que consome a música em toda a sua forma sendo acompanhando os shows comprando material da banda e etc.

Agora com Heron nos vocais, qual a previsão de um novo trabalho?

Daniel Bins: Com essa excelente voz que tem o Heron a previsão sempre será a melhor possível, e sim, a previsão é de um terceiro álbum esmagador e original como tudo o que o The Devils faz, um álbum que trará em todo segundo de som o supra sumo de nossa formação musical coletiva e individual ou seja, consagrando o que cada um tem de melhor o álbum realmente soará como enxofre (risos).


 
A banda almeja uma turnê lá fora, tendo vista a positiva repercussão vinda de lá?

Daniel Bins: Com certeza! Não podemos negar que isso seria a cereja do bolo para nós, uma consagração muito especial para uma banda que sempre prezou música sem filtros, que vem de experiências reais vividas por nós e por pessoas próximas a nós. Acreditamos que tocar mundo a fora é uma coisa muito forte independente da experiência que uma banda tenha ou não em questão de estrada, imaginamos também que será muito louco e magnetizante estar em um país estrangeiro e conseguirmos se comunicar e conectar com o público puramente com nossa música, é muito gratificante saber que nosso trabalho é reconhecido por pessoas fora do nosso país! É um orgasmo planetário!

Quais os projetos para o restante de 2018? E quais os próximos shows da banda?

Daniel Bins: Tiramos o mês de outubro para colocar o trem nos trilhos novamente, pois nossos fãs não merecem nada feito de forma meia boca. Isso está sendo bom para a cabeça e para o corpo, como já foi dito, estamos leves. Nosso vocal, Heron Ribeiro, está cumprido agenda com as gravações da Ashbürn em São Paulo, estamos enchendo a cara e nos entrosando mais ainda com essa nova formação e alinhando tudo para continuarmos nos 220 Volts, que é como o The Devils tem que funcionar. Temos shows bons marcados até o fim do ano, vamos tocar ao lado de amigos e em locais que consideramos muito, como Linhares, Colatina, Marilândia e Vila Velha, são locais que temos boas lembranças aqui em nosso Estado.

Muito obrigado pela entrevista. Deixamos este espaço para as considerações finais.

Daniel Bins: Correr com o The Devils nunca foi fácil, e por isso sempre agradecemos a todos que nos apoiam, e que sempre apoiaram, a todos que não largaram de mão a chama do The Devils mesmo quando a situação não era confortante. Um brinde para os guerreiros do Heavy Metal! Fiquem ligados que esse ano que se inicia promete coisa nova, fora de qualquer área de conforto. Vamos roer o osso para um dia comer a carne.

We Are The Devils!
 
 
 

Contato para assessoria de imprensa: www.sanguefrioproducoes.com/contato

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