Banda canadense de Symphonic Death Metal, que surgiu inicialmente como um projeto paralelo do vocalista Maurizio Iacono (Kataklysm), tendo como características mais marcantes a temática ambientada no Império Romano, além da apresentação dos integrantes trajados como legionários romanos e gladiadores (destaque para Maurizio portando uma espada de lamina curta “Gládio”). A banda tem suas atividades iniciadas em 2008, lançando subsequentemente em 2009 o primeiro álbum, “Romulus”, e em 2014, “Caligvla”, e em 2017 o álbum ao qual será comentado. The Immortal Wars, diferencia-se dos seus antecessores sendo completamente conceitual, abordando o período que ficou conhecido como “Guerras Púnicas” que se passam entre os anos 264 a.C e 146 a.C., com cada faixa ambientando do início ao fim dos conflitos entra a República Romana e o Império Cartaginense. O álbum mantem os elementos sinfônicos que dão a estética mais “épica” ao som, reforçados ao máximo pela excelente mixagem, transportando o ouvinte completamente ao ambiente de grandes batalhas fazendo jus ao título. Iniciando com a faixa intitulada “The Rise of Hannibal”, que dá completamente o tom do que o álbum tem a oferecer, apresentando corais e percussões. A letra é um destaque a ser comentado, onde Maurizio encarna completamente o general cartaginense Aníbal Barcas, vociferando juramentos de destruir Roma. Carregado de atmosfera, o álbum apresenta de faixas instrumentais orquestradas como “Suavetaurilia (Intermezzo)” a momentos de velocidade como “Hispania (Siege of Saguntum)” com poderosos riffs dos guitarristas J-F Dagenais e Stéphane Barbe, além de trazer breakdowns acompanhados de mais percussões. Tambores de guerra nos ambientam completamente a um confronto pesado em “Cato Major- Carthago Delenda Est!”, faixa que carrega a famosa frase em latim “Cartago deve ser destruída” e que nos brinda com um refrão quase dramático e acelerado (lembrando inclusive uma trilha sonora de filme de ação).
Mantendo a progressão do álbum, na faixa intitulada “Ad Victoriam (The Battle of Zama)” que aborda o confronto decisivo entre Roma e Cartago, podemos ouvir algumas vezes a frase “Roma Invicta”, que muitos identificarão pelo filme “Gladiador”. O álbum se encerra com a faixa “The Roman” que apresenta uma belíssima introdução orquestrada com corais femininos, logo dando espaço a velocidade e pancadaria sonora, e várias mudanças de ritmo, sendo a mais progressiva e mais longa faixa do álbum.
Sem dúvida, sem desmerecer seus antecessores, The Immortal Wars se destaca e os supera, demonstrado como a banda vem evoluindo a cada trabalho. Trazendo um misto de peso e brutalidade com uma atmosfera épica, casando perfeitamente guitarras e contrabaixo com afinações baixas e violinos, além da bela arte da capa. Não apenas um álbum para bater cabeça, mas uma verdadeira viagem, recomendado para qualquer tipo de amante da música extrema.
Clipe da oitava faixa:
Autor da Resenha: Eduardo Ronconi
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