terça-feira, 9 de abril de 2019

Resenha Ex Deo - The Immortal Wars


Banda canadense de Symphonic Death Metal, que surgiu inicialmente como um projeto paralelo do vocalista Maurizio Iacono (Kataklysm), tendo como características mais marcantes a temática ambientada no Império Romano, além da apresentação dos integrantes trajados como legionários romanos e gladiadores (destaque para Maurizio portando uma espada de lamina curta “Gládio”). A banda tem suas atividades iniciadas em 2008, lançando subsequentemente em 2009 o primeiro álbum, “Romulus”, e em 2014, “Caligvla”, e em 2017 o álbum ao qual será comentado. The Immortal Wars, diferencia-se dos seus antecessores sendo completamente conceitual, abordando o período que ficou conhecido como “Guerras Púnicas” que se passam entre os anos 264 a.C e 146 a.C., com cada faixa ambientando do início ao fim dos conflitos entra a República Romana e o Império Cartaginense. O álbum mantem os elementos sinfônicos que dão a estética mais “épica” ao som, reforçados ao máximo pela excelente mixagem, transportando o ouvinte completamente ao ambiente de grandes batalhas fazendo jus ao título. Iniciando com a faixa intitulada “The Rise of Hannibal”, que dá completamente o tom do que o álbum tem a oferecer, apresentando corais e percussões. A letra é um destaque a ser comentado, onde Maurizio encarna completamente o general cartaginense Aníbal Barcas, vociferando juramentos de destruir Roma. Carregado de atmosfera, o álbum apresenta de faixas instrumentais orquestradas como “Suavetaurilia (Intermezzo)” a momentos de velocidade como “Hispania (Siege of Saguntum)” com poderosos riffs dos guitarristas J-F Dagenais e Stéphane Barbe, além de trazer breakdowns acompanhados de mais percussões. Tambores de guerra nos ambientam completamente a um confronto pesado em “Cato Major- Carthago Delenda Est!”, faixa que carrega a famosa frase em latim “Cartago deve ser destruída” e que nos brinda com um refrão quase dramático e acelerado (lembrando inclusive uma trilha sonora de filme de ação).
 
Mantendo a progressão do álbum, na faixa intitulada “Ad Victoriam (The Battle of Zama)” que aborda o confronto decisivo entre Roma e Cartago, podemos ouvir algumas vezes a frase “Roma Invicta”, que muitos identificarão pelo filme “Gladiador”. O álbum se encerra com a faixa “The Roman” que apresenta uma belíssima introdução orquestrada com corais femininos, logo dando espaço a velocidade e pancadaria sonora, e várias mudanças de ritmo, sendo a mais progressiva e mais longa faixa do álbum.
 
Sem dúvida, sem desmerecer seus antecessores, The Immortal Wars se destaca e os supera, demonstrado como a banda vem evoluindo a cada trabalho. Trazendo um misto de peso e brutalidade com uma atmosfera épica, casando perfeitamente guitarras e contrabaixo com afinações baixas e violinos, além da bela arte da capa. Não apenas um álbum para bater cabeça, mas uma verdadeira viagem, recomendado para qualquer tipo de amante da música extrema. 
 
 
 

Página da banda no Facebook:
https://www.facebook.com/exdeo/
 
 Clipe da oitava faixa:   
 

 
 
 
 
Autor da Resenha: Eduardo Ronconi

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