terça-feira, 30 de abril de 2019

Resenha Marche Funèbre - Into The Arms Of Darkness



Saudações bangers, hoje com muito prazer lhes apresento Marche Funèbre, banda belga de Death/Doom Metal formada em 2008, possuindo em seu histórico, três álbuns e dois EPs na bagagem, tendo sua estreia em 2009 com o EP “Norizon”, e em 2011, seu primeiro álbum “Full-length” intitulado “The Drown”, sendo sucedido pelo “Roots Of Grief” de 2013 e mais tarde em 2017 pelo “Into The Arms Of Darkness”, álbum este que será tema desta resenha. Seu último trabalho é o EP intitulado “Death Wish Woman” de 2018.  A primeira coisa que pode se notar logo na primeira faixa do álbum, “Deprived (Into Darkness) ” são os potentes riffs, com pesados e distorcidos acordes executados pela dupla, Peter Egberghs (guitarra e um dos vocais) e Kurt Blommé (também na guitarra), fortalecidos pelas lentas batidas de Dennis Lefebvre. A banda apresenta duas linhas vocais, por parte de Peter, já comentado, e Boris Iolis, que também assume o baixo, havendo potentes guturais que vão desde o mais grave típico de um Death Metal, ao rasgado e demoníaco, característico das influências de Black Metal que a banda apresentar em algumas faixas, e um vocal limpo extremamente lamentoso (horas lembrando o estilo de voz desempenhado pelo falecido cantor Warrel Dane), dando um aspecto quase épico em certas passagens, como no final da “Capital Of Rain” (faixa digna de replay). Apesar das batidas lentas, o álbum apresenta vários momentos de velocidade insana em algumas faixas, caráter de seu tom progressivo, como na faixa “Uneven”, onde as influências de Black Metal vão à tona, com pedais duplos e riffs característicos, além das performances vocais típicas, podendo ser facilmente confundida com uma banda do gênero se for ouvido fora de contexto.
 
 
“Lullaby Of Insanity” é o ponto de progressividade mais alto do álbum, muito pela duração da faixa, com seus incríveis quatorze minutos, iniciando de forma extrema com lentos e colossais riffs, acompanhados por um trovejante vocal, mas que logo dão espaço para a velocidade, com pedais e riffs em picking abafado, intercalando com os vocais melosos e um riff harmonioso ao fundo.

Into The Arms Of Darkness é definitivamente uma obra prima, carregada de peso, melodia, momentos e mais momentos diferenciados, com variados elementos, mas sem tornar seu som uma “salada”, pode assim dizer. Consiste em um excelente trabalho de Death/Doom com variadas velocidades, mas sem perder a característica lentidão, tratando-se de um excelente material, recomendado tanto para fãs de Doom, Death típicos e até mesmo Prog.



 Banda:  
Dennis Lefebvre - Drums
Peter Egberghs - Guitars (lead), Vocals (additional)
Kurt Blommé - Guitars (rhythm)
Arne Vandenhoeck - Vocals (lead)
Boris Iolis - Bass, Vocals (additional) 



 
Mais Informações:  





Autor da Resenha: Eduardo Ronconi

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