Chama do Metal: Resenha Odradek Room

Formada em 2010 na Ucrânia, Odradek Room mistura Progressive Death Metal com Doom Metal, além de incorporar alguns elementos diferenciados e instrumentos incomuns como será comentado ao longo dessa resenha. Com dois álbuns lançados, a banda tem sua estreia em 2013 com “Bardo. Relative Reality”. Em 2017 lançam seu segundo álbum, “A Man Of Silt”, trazendo um instrumental muito bem elaborado, especialmente por parte da bateria, com características viradas e batidas de metal progressivo, sendo um dos elementos mais importantes para as mudanças de ritmo, ficando evidente na faixa “Selfness”, que mostra as claras influencias sinfônicas da banda, com incríveis arranjos orquestrados, remetendo a uma sonoridade quase épica, evidenciada pela ausência das guitarras em certos trechos. Passagens acústicas, com violões acompanhados por batidas que lembram claramente as de um baterista de Jazz estão presentes na faixa “Texture Of Reality”, e inesperadamente, um solo do que parece ser um saxofone, presente na faixa “Rain Trip”, dando uma sonoridade dramática, além de contar com a presença de um belo vocal feminino. Momentos de velocidade não são muitos, havendo pequenos trechos ao longo das faixas, porém, não duram muito, logo dando espaço para “calmaria”, como percebido na faixa “Mirror Labyrinth”, extremamente progressiva.

O álbum possui uma característica bem eclética, havendo momentos de calmaria, momentos de revolta e peso, até mesmo momentos épicos como já comentado anteriormente, referindo-se as passagens orquestradas. Além de flertar com outros estilos musicais, lembrando de certa forma

a banda estadunidense de Prog. Metal, Dream Theater, em algumas passagens, por ter riffs que lembram muito os executados pelo guitarrista John Petrucci. Um excelente trabalho, atmosférico com variadas passagens e, diga-se de passagem, talvez até levando alguns dos ouvintes a se interessarem por outros gêneros musicais, devido às claras influências de Jazz em seu som.