terça-feira, 14 de maio de 2019

Resenha Norilsk - Weepers Of The Land


Saudações bangers, hoje apresentamos Norilsk,projeto canadense de Death Doom Metal desenvolvido pela dupla, Nicolas Miquelon (contrabaixo, guitarra e vocal) e Nick Richer (bateria e vocal), tendo início em 2012, possuindo três álbuns na bagagem e um EP de estreia, lançado em 2014. Weepers Of The Land se trata do terceiro e mais recente trabalho da banda, lançado em 2018. O álbum carrega uma sonoridade muito peculiar, com guitarras com timbres sujos e reforçados pelo contrabaixo fazendo perceptível uma aparente influência de Stoner Metal/Stoner Doom em seu instrumental, seguindo com duas linhas de vocais guturais, uma mais grave e outra mais rasgada ao estilo Jeffrey Walker (Carcass). Apesar de poucas faixas, o álbum compensa o tempo pela duração destas. As faixas possuem um andamento relativamente lento, e em alguns momentos com espaçadas batidas, riffs tensos e morbidamente vagarosos, como na faixa “The Way”, que passam uma sensação de suspense ao ouvinte. O máximo de veloz está logo na faixa de abertura, “No Sacred Ground”, na qual fica evidente pelo riff principal os elementos de Stoner, sendo progressiva e tendo seu ritmo alterado, logo voltando a clássica lentidão da metade para frente, com uma segunda linha de guitarra executando um solo mais melancólico. Na faixa intitulada “Toude la Noirsceur du Monde”, temos o título da música sendo vociferado por uma trovejante voz durante os refrãos, com um riff destruidor, com paradas que lembram marretadas intervaladas (particularmente a faixa mais pesada do álbum). Os momentos de calmaria estão por conta da faixa de encerramento, que além de ser a faixa mais longa, atingindo seus dez minutos e vinte de duração, carrega o título do álbum, tendo uma introdução acústica completamente tranquila, e mais tarde alternâncias de vozes entre os guturais e vocais limpos, tendo direito a encerramento com um excelente solo de violão.



Weepers Of The Land está entre aqueles trabalhos que (pessoalmente costumo dizer) possuem potencial de trazer fãs de um subgênero para outro, por conta de sua sonoridade característica, podendo ser de agrado para fãs de Stoner e Death Doom tradicional. Carregado de peso e vocais monstruosos, Norilsk consegue fazer o ouvinte “bater cabeça” sem precisar aumentar sua velocidade, mostrando-se bastante agressivo.


Banda:
Nicolas Miquelon - bass, vocals
Nick Richer - drums, backing vocals
Matt MacIvor - guitars (live)
Thomas Hansen - guitars (live)





Mais Informações:







Autor da Resenha: Eduardo Ronconi

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