sexta-feira, 26 de abril de 2019

Resenha Killery - Ready For The Apocalypse (2019)

  
Sempre que vou resenhar algum material que eu não conheço, primeiramente me atenho às características gerais, principalmente para tentar identificar as influências presentes na sonoridade da banda. No caso do grupo maranhense KILLERY, essas impressões foram-lhe extremamente positivas. Já na audição inicial de 2 ou 3 músicas, podemos perceber que, à despeito de a banda não ter uma caminhada muito longa (foi formada em 2016), já desenvolveu o seu estilo próprio. Seja na criação dos riffs das músicas, seja nas linhas de voz e na colocação da mesma, seja nas características gerais das composições, a KILLERY mostra uma maturidade que poucas bandas conseguem atingir.

No geral, as músicas tem uma estrutura bem definida, com passagens técnicas e intrincadas, onde todos os músicos se destacam. Também encontramos um trabalho de guitarras (bases e solos) de muito bom gosto. Mas o que chama bastante a atenção é a característica quase que única dos vocais de Daniel Pereira, seja na escolha do timbre, que permeia basicamente o álbum inteiro ou no jeito de impostar a sua voz. Ele não tenta imitar ninguém, já criou a sua própria identidade e as suas linhas vocais mantém uma regularidade.

Na audição mais detalhada, o álbum abre com a pedrada impactante chamada "Ready For The Apocalypse", que já deixa bem claro o que vamos encontrar adiante. "No Rest For The Wicked" parece que foi "pensada" para se "bater cabeça". "Prophet Of Chaos" pode servir para exemplificar o estilo Thrash Metal. Já "March To Hell" é realmente uma "marcha pro inferno", e talvez uma das músicas que mais transparece a influência da banda americana Exodus no som desses maranhenses.


O álbum segue com "Blood Deliveryman" com ótimos riffs e arranjos das guitarras de Arthur L. e G-Rude. "Fuck You All" já começa com uma levada cadenciada do baixo de Lucas Abreu e da bateria de Gabriel Burgos, evidenciando uma ótima escolha de timbres desses instrumentos. "Curse of The Serpent" alterna riffs rápidos e mais cadenciados, enquanto "Law of the Strongests" evidencia novamente a grande influência do som oitentista na sonoridade do Killery e conta com um dos melhores solos do disco. O álbum fecha com um dos grandes destaques deste trabalho, "Exuding Hate" que tem a participação de Pitter Cutrim nos vocais.


No geral, um álbum muito homogêneo, com arranjos e riffs inteligentes, bastante técnico e ao mesmo tempo direto. Um ótimo trabalho, que com certeza vai colocar a Killery nos holofotes e pode perfeitamente apresentar a banda para todo o fã ávido por Thrash Metal de qualidade.





Banda:
Arthur L. - Guitar
Daniel Pereira - Vocals
G-Rude - Guitar
Gabriel Burgos - Drums
Lucas Abreu - Bass





Contato:
contato@killeryofficial.com

 Mais Informações: 


Autor da Resenha: Flavio Leviaethan

Nenhum comentário:

Postar um comentário