Após se tornar uma das referências do Thrash Metal norte
americano com álbuns clássicos como “Spreading The Disease” (1985), “Among the
Living” (1987) e “State Of Euphoria” (1988) a banda após um período turbulento
e do desligamento do vocalista Joey Belladonna, substituído por John Bush
(Armored Saint), o grupo lançou álbuns que acabaram não tendo o mesmo brilho
dos antecessores, tendo destaque “We’ve Come for You All” (2003), o qual a
banda conseguiu encontrar-se novamente, trazendo excelentes momentos
exemplificados em “Safe Home”, “Superhero” e “What Doesn’t Die”. Após o encerramento da turnê desentendimentos entre John
Bush e banda, estes que causaram sua saída e o retorno de Joey Belladona ao
Anthrax. Oito anos após “We’ve Come For You All” eis que a banda ressurge com o
aclamado “Worship Music”(2011), lançamento que provou que mesmo após mais
de 20 anos do último registro com Joey,
o quinteto conseguiu voltar a evidência com um grande álbum.
Um hiato de 05 anos se deu, e no início deste ano de 2016, os
thrashers anunciaram seu novo registro de estúdio, “For All Kings”, este que
conta com o desligamento do guitarrista Rob Caggiano que se aposentou dos
palcos e dedica-se atualmente apenas a produções e gravações de estúdio,
entrando em seu lugar Jon Donais (Shadows Fall). Em uma primeira audição notamos que o Anthrax manteve muitas
das características de “Worship Music” porém além de composições dotadas com
melodia, neste petardo foi acrescentada aquela pitada de modernidade, nada que
desmereça o álbum, muito pelo contrário, mostrando uma evolução dos americanos. A faixa de abertura "Impaled" é uma intro curta
com pouco mais de um minuto e é seguida por "You Gotta Believe" que já
consegue impor a face do novo registro, com riffs marcantes e com uma aula a
parte de Charlie Benante, que consegue colocar grooves nos andamentos de
maneira única. “Monster at the End”, apresenta riffs lentos, dotados de
peso e a atmosfera transmitida remete a fase noventista, grooves se destacando
por todo o andamento e um refrão que marca na primeira audição, tendo um solo
de guitarra impecável de Jon Donais. Seguindo temos a faixa título que mostra a excelente fase à
qual a banda se encontra, casando uma excelente melodia com riffs
característicos de Scott Ian, unindo-se de forma coesa com os vocais afiados de
Belladona que se destacam por toda a extensão da composição.
Adiante temos “Breathing Lightning”/”Breathing Out”, faixas
que trazem muito a memória músicas como “Judas Priest” e “I’m Alive” do álbum
antecessor, mostrando uma mescla de melodia e peso, tendo solos de guitarra
marcantes e andamentos com alternâncias, em partes rápidas e em outras lentas. “Suzerain” sintetiza o lado mais moderno do álbum,
iniciando-se com um andamento veloz com evidência dos bumbos duplos utilizados
por Benante, ganhando peso com as linhas de baixo Frank Bello que também
realiza um excelente trabalho de backing vocals, sintetizando aqui o ápice do
disco. Destacam-se ainda “Evil Twin” e “Zero Tolerance”, esta
última sendo a derradeira, remete uma nostalgia aos clássicos dos primórdios do
Anthrax, andamento veloz com aquela cozinha oitentista, que consegue cativar o
ouvinte até o último segundo.
Após o lançamento de “King of All Kings” o baterista Charlie
Benante em uma entrevista citou que talvez este fosse o último álbum do Anthrax,
pois segundo ele a banda estaria encerrando a carreira no topo. Alguns dias
depois Scott Ian desmentiu a declaração do colega de banda dizendo que o
Anthrax ainda tem muitas novidades à apresentar. Sendo ou não o suposto último disco, que fique a boa
repercussão de um registro que dentre seus principais prêmios ganhou 9°lugar
nos Estados Unidos (Top 200 da Billboard), 21°lugar no Reino Unido (UK Allbuns
Chart) e 4°lugar na Finlândia (IFPI).
Nota: 9,0
Formação:
Joey Belladonna
Frank Bello
Charlie Benante
Scott Ian
Jon Donais
Frank Bello
Charlie Benante
Scott Ian
Jon Donais
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Autor da Resenha: Bruno Faustino
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