terça-feira, 21 de agosto de 2018

O selo Songs for Satan anuncia assinatura de contrato com banda mineira de Death Metal: Scalped

O selo Songs for Satan anuncia a oficialização do contrato de exclusividade para o lançamento do novo álbum de uma das mais promissoras bandas mineiras de death metal extremo: Scalped.

A notícia que acaba de ser apresentada, vem num ótimo momento profissional da banda que passou o ano de 2018 divulgando o seu primeiro álbum, o “Synchronicity of Autophagic Hedonism”.

O contrato já está assinado e a banda encontra-se em estúdio gravando o novo álbum para estréia em 2019. E tem single novo vindo por aí!

O novo disco contará com 08 novas músicas com temáticas brutais, marca já registrada da banda. A mesma força e insanidade demonstrada nos outros trabalhos também estarão presentes, com ainda mais complexidade tanto nas letras quanto na execução.

“Pra mim e pra banda é momento de muita satisfação. Nos sentimos realizados em assinar esse contrato com um selo tão sério e em ascensão como a SFS. Isso que está acontecendo com o Scalped é o que toda banda sonha,  assinar um contrato com uma gravadora. Foi o que sempre queremos e agora recebemos porque trabalhamos por essa oportunidade.” Comemora o baterista Marcelo Augusto.

O quarteto formado em 2012, na capital do metal Belo Horizonte/MG, lançou seu primeiro EP em 2014, denominado “Psycopath”. “Synchronicity of Autophagic Hedonism” de 2017, consagrou a visceralidade da banda e com a enorme repercussão em nível nacional, Scalped, passou por palcos de toda a região sudeste, além de dividir palco com nomes importantes do underground nacional (Ratos de Porão, Rebaelliun, Krisiun, dentre outros) e internacional (Pestilence, Vital Remains, Carnation).

A Songs for Satan acertou na escolha! Scalped mostra que a escola brasileira de death metal é de fato uma realidade! Com muita técnica e brutalidade, o quarteto mineiro tem tudo pra ganhar o mundo!

Sites Relacionados:
www.facebook.com/ScalpedDeath/
www.facebook.com/songsforsatan/


Fonte: Cangaço Rock Comunicações

Monstrath: Banda divulga capa, tracklist e teaser de “The World Serves to Evil”, confira agora!



Está chegando! O tão aguardado debut álbum do MONSTRATH, intitulado “The World Serves to Evil”, está, a cada dia que passa, ganhando mais forma.

Os paulistas, em parceria com o selo sueco Downfall Records, divulgaram recentemente a capa, tracklist e data de lançamento deste vindouro material em um teaser contendo trecho de todas as faixas do mesmo, confira:



Capa e tracklist:

 1. Demon Sold
2. Incubus In Church
3. Hellkhan
4. Child Of God
5. Malum Suscitat
6. Stygian
7. Crushed Faith
8. Chains Of The Soul
9. Bag Of Bones
10. Perishing in Christ

“The World Serves To Evil”, foi gravado na Loud Factory e também no Audiolab Vintage Studio em São Paulo/SP. Produzido em sua totalidade por Tchelo Martins, que também trabalhou na mixagem e masterização ao lado de Tiago Assolini e Wagner Meirinho (Loud Factory). Sua capa ficou a cargo do artista Marcos Schmidt, enquanto seu lançamento mundial está previsto para o dia 19/10/2018 pelo selo supracitado.

Produtores interessados em levar o MONSTRATH para seu evento, escreva agora para monstrath@gmail.com e solicite mais informações.

Contato para assessoria de imprensa: www.sanguefrioproducoes.com/contato

Sites relacionados:

Fonte: Sangue Frio Produções

domingo, 19 de agosto de 2018

INNER CALL: Ao lado do Destruction, HammerFall, Cradle of Filth, Death


A banda baiana de Heavy Metal INNER CALL tem a honra de participar de uma luxuosa compilation ao lado de “monstros” como: Destruction, HammerFall, Cradle of Filth e Death. Além das bandas citadas o INNER CALL também divide sua participação com bandas brasileiras e de diversas partes do mundo.

Uma oportunidade impar de expandir seu poderio sonoro mundo afora já que a Imperative Music faz uma divulgação maciça para selos, distribuidores, festivais, promotores, rádios, magazines e webzines de todo o mundo.

Confira abaixo a relação de bandas desta compilation:

Alemanha >>> DESTRUCTION, The Rest of Us is Dead, Azurica, Black Daffodils  
Brasil >>> INNER CALL, Dancing Falme, Fenri’s Scar, Dixie Heaven, Shadws Legacy, The Undead Manz, Tchandala, Norium, Apple Sin, Karyttah
Canadá >>> West of Hell, Saints of Death  
Costa Rica >>> Amethyst
Estados Unidos >>> DEATH, Blood of Angels Riotous indignation, Hanging Death
França >>> Hellzeimer, Devoid  
Inglaterra >> CRADLE OF FILTH
Itália >>> Enzo and the Glory Ensemble, Totem and Taboo  
Japão >>> Alice in Hell, Marching Out, Rising Fall, Deathrol
Rússia >>> Gilead
Suécia >>> HAMMERFALL, Gone by Sundown, Decadence, Snow I.U. 


Contato para aquisição da compilation e do EP “Elementals” assim como merchandising:
+55 11 96072-0843 - Luiz

twiitter: @innercall


Fonte:  TMV Press

MERCY KILLING: lançado vídeo clipe de “Splatterhead”

Após trinta anos de carreira, a banda brasileira de Thrash Metal MERCY KILLING  lança seu primeiro videoclipe em parceria com a diretora Melissa Giowanella. Unindo elementos do gênero Gore com o ritmo agressivo da banda, o clipe mostra através de sequências rápidas o recorte de uma verdadeira noite de horror.

O vídeo foi selecionado por alguns festivais de Cinema do Brasil e do Exterior, recebendo elogios do público a “benção maléfica” de Petrer Baiestorf, cineasta underground e um dos maiores entusiastas de podreiras e desgraceiras do gênero. Recentemente “Splatterhead” fora exibido em Curitiba na “Mostra Gurias” e Cuiabá no “Cinecaos”.

 “Are you ready to die?” :




MERCY KILLING:
Tati Klingel – Vocal
Alexandre “Texa” Teixeira – Guitarra
Leonardo Barzi – Baixo
José Sepka Bateria


Links relacionados:



Fonte: TMV Press

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Rancid Flesh - Pathological Zombie Carnage



 
Se você aprecia letras doentias e um som que é devidamente podre, bem executado, produzido e vomitado, não perca tempo, corra atrás de "Pathological Zombie Carnage". Esta obra te mostrará o verdadeiro e bom underground na sua melhor essência.

Em termos de som, temos um álbum que ficará na história da banda e dos apreciadores da boa música. São 25 composições de brutalidade. Apesar da média de pouco mais de 01 minuto de cada faixa, tudo é bem explorado e feito com uma pegada digna e com muita energia.

Ouça aqui:



Dificilmente é impossível escolhe um destaque para o álbum mas ficará por conta das faixas Dr. Zombie, Slow Death, Autopsied Alive, Rancid Flesh, Cannibal Ripper, Sarcoma, A Day In The Morgue, enfim todas (haha), pois praticamente mantêm um equilíbrio que fará muito bem aos ouvidos mais acostumados às sonoridades pútridas.


Banda: Rancid Flesh
Cidade: Fortaleza / Natal 
País: Brasil
Gênero: Death/Goregrind 
 
Formação:
Laerte Guedes (Vocais)
Adriano Sabino (Todos Os Instrumentos)

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Thrashera: Revelada mais uma música de “Morte Webbanger”


A gravadora Mutilation Productions anunciou em seu site que o novo álbum da banda carioca Thrashera já está disponível. 
 

Em paralelo, a banda revelou mais uma faixa do disco no Youtube e Bandcamp.

A música THRASHERA pode ser conferida abaixo: 
 

 
 
As primeiras apresentações ao vivo, celebrando o lançamento de Morte Webbanger serão nos dias 6 e 7 de outubro 2018. Confira abaixo os cartazes.


06/10/2018
 
Local: Mineiro Rock Bar
Osasco / SP

 
07/10/2018

Local: Lado B Rock Bar
São José dos Campos / SP
 
 
 
 Fonte:
Alexandre Chakal
Music Reunion Productions
Metal Reunion Label & Distro
musicreunion@gmail.com
 
 

domingo, 12 de agosto de 2018

Resenha Valhalla - Petrean Self


Formada em Brasília – DF em 1990, com um som calcado no tradicional death metal, sendo talvez um dos fatos que mais chamou a atenção para a banda foi o fato desta, apesar de suas mudanças de formação, ser formada inteiramente por mulheres. A banda iniciou seu trabalho com uma demo em 1992, e em 1994, lança seu primeiro álbum intitulado "... In The Darkness of Limbo", e devido a constantes mudanças de formação, a banda se manteve desativada por um certo tempo, sendo novamente a serviço, em 2000 a banda volta lançando a demo “For the Might of Chaos ...for the Force Inside”, e em 2001 o lançam seu segundo álbum “Petrean Self”. Contando com guitarras muito bem distorcidas e pedais constantes e sem descaço, a banda traz um tradicional death metal, típico da década de 90, com caraterísticas bem acentuadas da época, como diabólicos vocais rasgados, o álbum inicia com a “Between Dimensions”, com riffs abafados e pedais constantes, iniciando o álbum com pura velocidade. Tal velocidade se torna mais acalmada com a segunda faixa “Renunciation”, que inicia com riffs mais lentos, e aparentemente, trazendo uma influência mais melodiosa, mas que logo é quebrada com velocidade novamente e algumas batidas explosivas. O álbum aparentemente alterna com músicas velozes como a quarta faixa “Celebration Of Circle” e com músicas mais lentas como a quinta faixa “Battle By Truth” e retornando a velocidade na mesma faixa, sendo tais mudanças de ritmo uma caraterística bem acentuada da banda, pelo menos neste álbum. Salientando novamente as guitarras que soam bem distorcidas e sujas e os pedais incansáveis, dando um aspecto matador que todo bom death metal maníaco ama. A nona e penúltima faixa “The Last Of Beings”, inicia com uma introdução acústica melódica, entrando as guitarras após a introdução, continuando a passagem melosa, o que talvez faria muitos ouvintes estranharem a primeiro momento, porém, mantendo a característica já comentada, a velocidade volta subitamente, dando lugar ao peso novamente, fazendo desta a faixa mais longa e progressiva do álbum com seus sete minutos e vinte e dois segundos. E por último, faixa dez “In The Darkness Of Limb”, que leva o nome do álbum anterior, encerrando o álbum com peso e brutalidade e um vocal mais grave, sendo talvez a faixa mais agressiva do álbum.
 

Com muita velocidade e peso, Valhalla lançou mais dois EPs matadores após este álbum, mostrando o compromisso da banda com o peso e os ouvidos sangrentos, sendo talvez o único ponto negativo neste álbum alguns riffs soarem meio repetitivos, mas isto se torna irrelevante, pois o álbum mostra a real proposta da banda. Um saudoso death metal as antigas.
 
  
Formação:
Adriana Tavares - Guitarra e Baixo
Ariadne Souza - Bateria e Vocal
 
 
Contato:
 
Mais Informações:
 
 
 
Autor da Resenha: Eduardo Ronconi

Resenha Torture Squad - Esquadrão de Tortura

 
Eu sempre fui amante da História. Não só as histórias de ficção (outrora denominadas “estórias”, agora vocábulo em desuso), mas também dos fatos do passado da humanidade que levou-nos ao mundo que temos hoje. História é matéria na escola não por acaso. Estudar e pesquisar o passado de uma nação, de um ser, de uma causa e dos meios para um fim é um trabalho árduo, mas deveria ser feito por todos. Foi ainda na escola que me apaixonei pela História. Primeiro, a Segunda Grande Guerra, onde todas as informações que eu obtinha sobre o assunto não pareciam-me suficiente. Então descobri as bandas de heavy metal que davam enorme ênfase a letras sobre o tema ou simplesmente menções a outros fatores históricos. Se você acha que Iron Maiden é a única banda a fazer isso, está redondamente enganado. Quando o assunto era a história de meu país, sempre gostei de pesquisar o Regime Militar e a época da Ditadura Brasileira (1964 a 1985), primeiramente por não ter vivido esta época e segundo, mas não menos importante, por um dia achar que o tema daria uma bela canção de thrash ou death metal. Inimigos de Estado, sanções, banimentos, resistências ao poder e... torturas a presos políticos! Aquilo era incrível para minha cabeça de 15-16 anos. Felizmente, outra banda brasileira nos presenteou com a mesma concepção que eu tive. Mas aqui, um álbum completo, lançado em uma data muito conveniente à ideologia: 15 de novembro. Esquadrão de Tortura é uma viagem no tempo ao período do Regime Militar brasileiro. Constituído de forma conceitual, primeiro trabalho desta categoria do Torture Squad, no decorrer das 12 faixas a banda mostra de ordem cronológica um dos períodos mais obscuros da história do Brasil. O álbum passeia pelo primeiro golpe de estado indo até as revoluções, sem deixar de lado estrelas e as lembranças mais marcantes deste período. A banda abre seus trabalhos sem rodeios ou entoações. “No Escape from Hell” é rápida e mostra bem a pegada thrash que a banda quer contar ao seu ouvinte sobre a história do Brasil. Ótima canção e o instrumental já acena ao ouvinte o que ele poderá esperar pelo resto do álbum. Impossível não lembrar os trabalhos recentes do Sodom. Desde 2012 a banda conta com os vocais de André Evaristo (guitarra) e Castor (baixo), já que o posto antes ocupado por Vitor Rodrigues fora deixado de lado. Uma boa estratégia da banda dividir os vocais entre seus membros, sem a necessidade de contratar um novo vocalista. Temos aqui um “thrash trio” de competência (mais lembranças ao Sodom) e os vocais de André em boa parte do álbum assemelham-se aos de Mille Petrozza, do Kreator. Uma ótima constituição vocal!. O passeio ao passado brasileiro continua com a puxada do gatilho do exército e a tomada do poder com “Pull the trigger” e as primeiras resistências com “Pátria Livre”, esta a única canção do álbum cantada inteiramente em português. Haveria espaço para mais faixas em nossa língua nacional. A sequencia do álbum é pedrada após pedrada, lembranças claras ao thrash metal alemão e ao chamado “war metal”, popular nos idos dos anos 80 por aqui. “Wardance” é o ponto técnico do álbum, onde a banda mostra sua evolução elevada. E que composição linda! “Architecture of Pain” e sua introdução levam o ouvinte de volta à década de sessenta, ouvindo as notícias do rádio sobre a criação do primeiro Ato Institucional. Ouvidos desatentos – ou em desacordo com o estilo – poderiam dizer que a banda soa repetida da quinta faixa adiante, mas as letras carregadas da história do Brasil valem o registro do álbum. “Never Surrender”, sexta faixa do álbum, tem momentos maravilhosos de interlúdios em que André grita o nome (ou as siglas) das primeiras agremiações partidárias opostas à Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Vejam quantos dos partidos políticos que conhecemos hoje eram chamados no passado! Pedradas e a progressão da ditadura militar seguem por “In the Slaughterhouse” (técnica tremenda da velha cozinha da banda, presença forte do baterista Amilcar Christófaro), “Conspiracy of Silence” e “Nothing to Declare”. Mas um álbum conceitual cravado sobre um fato histórico tem um final que é previsto por todos. Um final onde já sabemos o que acontece em seu desfecho. Com Esquadrão de Tortura não é diferente. “Fear to the World” e a faixa bônus “A Soul in Hell” terminam, ainda que de forma morna, a história já conhecida do ouvinte. Não há floreios ou uma enorme mensagem filosófica sobre o passado brasileiro ao término do álbum, mas mesmo assim, a banda mostra que, após este período conturbado do Brasil, o que levantou-se foi uma Democracia um tanto quanto falha. Há uma curiosa ligação, evidenciando isso, com a última faixa e a primeira canção. Como se o álbum pedisse para você ouvi-lo de novo ao término de “A Soul in Hell” e repetindo seu ciclo com “No Escape from Hell”. Um círculo vicioso que tenta dizer o que se passou antes, também acontece agora.


De menções aos Atos Institucionais, passando por exclamações de liberdade até culminar no fechamento do livro negro da História do Brasil, Esquadrão de Tortura não irá te ajudar a passar de ano na escola (obrigado Iron Maiden! Mas isso fica para outra resenha...). Entretanto, é impossível negar a boa carga histórica presente neste primeiro registro conceitual do agora “Power trio” paulistano. A banda fez uma excelente pesquisa sobre a época, um trabalho que poucos teriam tanto esmero. Obviamente o álbum é recomendado a você também que não dá a mínima para o passado de seu país. O que você ouvirá aqui é um competente trabalho produzido inteiramente no Brasil e que não nega fogo aos grandes da Europa ou América do Norte. Mas se você acha válida a ação da banda em recontar o Regime Militar Brasileiro, adquira o álbum original. O encarte já vale por metade do preço imposto.
Afinal de contas, quem não sabe seu passado não pode reclamar de seu presente.


 Formação:
Amilcar Christófaro - Bateria
André Evaristo - Guitarra/Vocal
Castor - Baixo
 
  
Contato:


Mais Informações:




Autor da Resenha: Guilherme Thielen

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Imperador Belial: Confira agora o lyric vídeo de “Acheron”


Prestes a lançar o novo álbum “Curse Of Belial”, os cariocas do IMPERADOR BELIAL seguem divulgando mais informações sobre o mesmo em suas redes sociais.

Desta vez, a banda liberou em seu canal no YouTube um lyric vídeo para “Acheron”, faixa que abrirá o vindouro trabalho. Confira agora:


 
Em outras notícias, o IMPERADOR BELIAL havia divulgado, com exclusividade no canal europeu ‘Metal Valut’, a música “Emperor Belial”, ouça:


Produtores interessados em levar a banda para seus eventos, escrevam para imperadorbelial666@gmail.com e solicitem mais informações.

Contato para assessoria de imprensa: www.sanguefrioproducoes.com/contato

Sites relacionados:

Fonte: Sangue Frio Produções

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Resenha Arkona - Yav

 
Você gosta de história? Quando o assunto é a cultura de outros países, você acha que tem certo domínio sobre seus folclores? Agrada-lhe o estudo antropológico social dos antepassados indo-europeus? E mais precisamente, você aprecia o paganismo contemporâneo eslavo? Não, essas perguntas não são retóricas. Ou não deveriam ser. Pois do lado leste da Europa – mais precisamente da Russia – o Arkona presenteia-nos com um novo álbum: para falar de história, novamente. Uma pequena recapitulada na concepção da banda nos leva até sua fonte, o mais puro “Pagan Metal” oriundo da Rússia, ou seja, eslavo! É claro que a banda poderia dissertar em suas canções sobre a cultura nórdica, celta, semita ou germânica; isso não seria problema algum. Mas graças ao título de historiadora que a vocalista Maria “Masha Scream” Arkhipova defende, suas letras são fortemente carregadas pelo mais puro simbolismo da cultura originária de seu país. Nada mais sensato do que a banda saudar sua nação com o metal – e o folclore russo – aliado à mitologia eslava. Em “Yav”, a banda não foge a seus princípios (ainda bem, diga-se de passagem), presenteando os fãs com a mesma concepção encontrada em seus álbuns anteriores. Mas, se você faltou às aulas de história aplicadas às sociedades antigas do leste europeu, talvez seja melhor ouvir “Yav” apenas apreciando seu som. O que já é excelente. A mensagem que a banda tenta passar provavelmente deve fazer mais sentido a seu próprio povo, já que as músicas aqui presentes são todas cantadas na língua originária russa. Dá-lhe Google Tradutor!.  Uma rápida pesquisa na Internet nos mostra que o termo “Yav” refere-se à mitologia eslava. Yav, Prav e Nav são três mundos descritos no “Livro de Veles” (sic). Os três, quando combinados, colidem a Triglav, o governante do Universo segundo o paganismo eslavo. Mas o que diabos é “Yav”, você pergunta? Ora, pequeno neo-pagão comedor de ovos de Páscoa, Yav é o mundo material em que nos encontramos agora. Toda a extensão de terra por onde pisamos. E fica claro que este é o nosso mundo, assim como também o era para os antigos habitantes da Rússia. A realidade. E seguindo este poético conceito, o Arkona surpreende com seu novo álbum. A começar pela arte da capa, ilustrada por Gyula Havancsák, já podemos ver um certo ar sombrio, por assim dizer. Talvez a palavra certa seja maturidade. Já que o som da banda sofreu uma evolução, para melhor. Ainda na capa, fica evidente o conceito de Yav como nosso mundo. Você é livre para tirar suas próprias conclusões, guerreiro pagão, mas é evidente a retratação da Terra no artwork. Do mundo real – e muito possivelmente de nosso futuro nele. Esta capa me intriga com sua bela arte. Já de cara parece-me uma das melhores artes do Arkona além de se fazer visível o grau de evolução em que a banda chegou. O resto da evolução fica confirmado no instante em que você aperta “play” em seu aparelho de som (nada de dar play no Youtube, astuto rufião!). A qualidade sonora e principalmente a técnica dos integrantes do Arkona está mais apurada, a banda dá mais liberdade a outras influências sendo não raras às vezes em que o vocal de Masha flerta com o Black Metal. Um show a parte da vocalista historiadora. Os elementos “folk”, do qual a banda já é famosa, não se acanham neste novo trabalho; ainda contamos com a presença de músicos convidados em “Yav”, como Olli Vänskä (Turisas) nos violinos; além dos instrumentos de sopro étnicos sob o comando de Vladimir “Volk” Reshetnikov. Neste último, fica bem evidente seu uso, embora Volk divida muito da atenção do ouvinte com riffs poderosos do mais puro heavy metal e uma bateria frenética, que entoa o chamado à guerra – ou a causas mais realistas... mas não menos perigosas. Já que estamos falando das canções de “Yav”, durante todo o play o que se entende são idéias muito bem trabalhadas e planejadas com antecedência. Um forte ponto positivo para o Arkona e sua concepção neste novo full-length. A banda soube encaixar perfeitamente novas idéias, conceitos um tanto quanto modernos, mas sem abrir mão de seu legado pagão. Canções profundas, que querem contar ao ouvinte o que está acontecendo em NOSSA Yav. Para onde ruma este povo e mais: o que será de nossa terra no futuro. Um ambiente mais escuro pode ser percebido neste álbum, mas nem tente ouvi-lo só uma vez. “Yav” é mais um daqueles intrigantes quebra-cabeças que precisam ser digeridos com tempo, sabendo dosar suas quantidades, sem fazer o ouvinte se perder no meio da sinuosa estrada de chão batido que é a mitologia eslava. Um ótimo lançamento da Napalm Records, que brindará os fãs da banda com um pouco mais do rico folclore russo. Felizmente Masha tem total controle sobre suas ideias e não faz de “Yav” mais um lançamento clichê sobre épicas batalhas em defesa de seu povo oprimido ou festeiro. A banda mostra que é capaz de ir além, convidando o ouvinte a mergulhar no seu poço de águas gélidas do passado. Tentando comprovar (e acertando em cheio!) que é estudando nosso passado que podemos planejar o futuro. Se mergulhas na água gelada, sabes que ela não é tão límpida quanto parece; e isto é o resultado de nossas próprias ações.


Mais um lançamento para falar de história, de fato. Entretanto, este novo trabalho dos russos neo-pagãos vai muito além do passado de seu povo. “Yav” é um ensaio para nossas próprias filosofias de vida. Um joguete de ações e reações. Um flerte, enfim, entre passado e presente de nossa história.
 
  
Formação:
Masha "Scream" - Voice
Sergei "Lazar" - Guitar
Ruslan "Kniaz" - Bass
Andrey Ischenko - Drums
Vladimir "Volk" - Wind Ethnic Instruments
 
 
Contato:
 
Mais Informações:
 
 
 
Autor da Resenha: Guilherme Thielen 
 

 

domingo, 5 de agosto de 2018

Resenha Soturnus - Of Everything That Hurts


Com dois álbuns na bagagem "When Flesh Becomes Spirit" e 
"Of Everything That Hurts" e vindo direto da Paraíba, Soturnus é o tipo de banda que não posso deixar de citar como sendo uma das grandes bandas que já conheci dentro do cenário nacional. Formada no ano de 2000, na cidade de João Pessoa(PB), Soturnus conta com a atual formação: Rodrigo Barbosa nos vocais, Andrei Targino e Eduardo Borsero nas guitarras, Guilherme Augusto no baixo e Eduardo Vieira na bateria. Dentro do gênero  Doom Death Metal. No seu mais recente lançamento no ano de 2014, o álbum intitulado "...Of Everything That Hurts", a banda mostrou seu total talento!. Desde composição musical, uma vez que os integrantes buscaram elementos que eu julguei psicodélico e progressivo, mixagem dos instrumentos  e consequentemente do álbum, cadência, melosidade e feeling, entre muitos outros aspectos que estarei citando a seguir. A afinação e distorção das guitarras encaixaram de uma forma que deixou o timbre do contrabaixo mais sombrio ao fundo e abrindo passagem para a pedreira sonora transmitida pela bateria. Tudo muito bem calculado. Logo de primeira já me apaixonei pelo trabalho!. O álbum não ficou dos mais técnicos  em questão de velocidade, mas convenhamos que técnica é o que não falta neste álbum, porém a brutalidade dos três tipos de vocal de Rodrigo Barbosa são megalomaníacos. Total veracidade, elementos dentro do Black Metal e Death Metal em seu vocal que deixa um gostinho de "quero mais", sem falar nos momentos em que usa vocal limpo sinceramente, é a parte em que deixa a música mais misteriosa e linda, não que os vocais brutais não deem esse brilho, só que para um fã de Opeth, isso é essencial para se deixar perfeito um trabalho. O tempo das guitarras e seus solos são elementos que vêm do Melodic Death Metal, algo muito bem trabalhado, nisso eu destaco a faixa "The shame Within", essa faixa tem um dos solos mais belos e mais bem executados dentro desse álbum, se não um dos que eu já ouvi em toda a minha carreira de Headbanger. O contrabaixo tem seu papel importante em todo o álbum, porém nenhum destaque relevante se não a base das músicas fazendo com que a produção passe uma mensagem sombria  e é exatamente o que acontece. Eu gostaria realmente de escrever muito sobre esse trabalho, inspiração é o que não falta, pois é belo demais. Mas deixo aqui a indicação, aproximadamente uma hora de porrada. 


Tudo perfeito demais. Se parasse para descrever tudo o que sinto ouvindo este álbum , com certeza deixaria esta resenha cansativa demais, mas enfim. Soturnus é a banda perfeita para os que procuram valorizar um trabalho que resgata a cultura do metal nacional. E para os ouvintes que buscam valorizar nosso cenário, eis uma banda que necessita de apoio total dos fãs!. O álbum conta com nove faixas ensurdecedoras: "I Wish I Knew", "The Shame Within", "The Doors of Perception", "Of Everything That Hurts", "House of Hatred", "Cacophony of Wonderful Sounds", "Empty Man", "Leaving" e "Another Lonely Day"  respectivamente.

Dou destaque às faixas "Of
Everything That Hurts"e "House Of Hatred", que são as que mais me agradaram,  mas na verdade todas as faixas são potencialmente excelentes. Soturnus já deixou de ser promessa há muito tempo, agora basta ser reconhecida e valorizada pelos amantes do metal!.

  
Formação:
Rodrigo Barbosa - Vocals
Andrei Targino - Guitar
Eduardo Borsero - Guitar
Guilherme Cavalcanti - Bass
Eduardo Vieira - Drums

Contato:

Mais Informações:



Autor da Resenha: Leonardo Reis